em 09/12/14
Acho que eu ainda não tinha encontrado um livro que dividiu tanto as opiniões quanto Anna e o beijo francês recentemente. Vi gente que adorou, vi gente que odiou com força. Tudo muito passional. Seguindo minha regra de ler de tudo para poder falar com vocês sobre, peguei o livro (e paguei pelo livro, anotem aí), acendi uma vela de 7 dias e lá fui eu.
Anna e o beijo francês nos conta a história de Anna Oliphant que acaba de ser mandada para Paris pelo seu pai que virou autor renomado com livros em que as pessoas se amam, mas uma está doente e aí alguém quase morre e tals. Nicholas Sparks feelings. Ela está muito infeliz porque não queria deixar seus amigos e seu quase namorado Toph.
Em Paris ela vai conhecer Meredith, a jovem simpática que a inclui na panelinha; um casalzinho simpático e…Étienne St. Clair. Juro que é o nome do cara. Juro. O lindo americano/inglês/francês – ele tem todas as qualidade das 3 nacionalidades – além do mais importante, claro: um cabelo sensacional. Se alguém um dia tiver paciência de me explicar porque romances jovens passam tanto tempo descrevendo cabelos, estou aberta a conversar. Só que ele tem namorada e problemas não resolvidos com o pai que além de controlador, é mulherengo. Então, ele tem um cabelo incrível, mas também tem traumas.
Esse é o centro de toda a história. Anna está dividida entre sua casa em Atlanta e sua vida nova em Paris. Muita coisa vai acontecer e teremos o final que todos esperam. Não vou dizer que é completamente clichê porque acontecem sim coisas que não são necessariamente óbvias. Mas a construção toda é bem simples e enquanto isso torna a leitura leve, também faz com não seja uma história de mudar vidas.
Como sempre, meu problema maior é a personagem principal. Sem sal, chata e chorona demais (literalmente, ela chora em momentos que eu nem tinha muitos motivos para chorar), Anna tem quase zero de personalidade. Seu melhor momento é quando decide socar uma menina insuportável. Não que eu seja a favor de violência, mas pelo menos aqui ela mostra um pouco de algum sentimento que não seja a) babar pelo St. Clair e b) chorar. No mais, senti que ou ela está fazendo uma coisa ou outra.
Mas nem só de coisas ruins é feito um livro. Nem mesmo Anna e o beijo francês. O enredo é bem desenvolvido – ainda que pensado até a vírgula para fazer seu lado menina de 14 anos suspirar em alguns momentos. Pena que Anna tem 17 anos.
Comecei a ler no Domingo, terminei na Segunda. É um livro fácil de ler, não vai exigir muita análise e não é intensamente descritivo, mesmo com as paisagens francesas mais conhecidas. Esse é daqueles livros que recomendo caso você se encontre em uma das seguintes situações: a) você precisa ler algo leve depois de ler um russo clássico que exigiu que o dicionário fosse usado incontáveis vezes; b) você gosta do gênero e acha Nicholas Spark um batia escritor ou c) não existem mais livros no mundo e esse está disponível.
Ainda tem outros dois livros da autora que formam uma série. Não tenho plena certeza se pretendo ler os outros livros. Talvez, quem sabe, um dia.
Não é o melhor livro que li esse ano, mas também não é o pior. Está no bom meio termo.
Rola um cafezinho frio com croissant sem manteiga.
ResenhasTags: Literatura Jovem, Novo Conceito, Stephanie Perkins
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