em 14/01/14
Uma vez tentei entender Maya como integrante de uma trindade escrita pelo filosofo norueguês mais fantástico que já li. Junto de O Dia Do Curinga e O Mundo De Sofia, Maya contribui pra a filosofia, mas de uma maneira diferente, já que a questão evolucionista é o que dá o tom do enredo desse livro. Só que um personagem específico faz uma ligação direta com o livro do Curinga (…) e como se ele tivesse indo embora daquele para fazer uma aparição nesse, eu fiz um link entre as histórias e sempre sugiro ler os 3, para um entendimento maior da obra de Jostein Gaarder.
“Precisa-se de bilhões de anos para se criar um ser humano. E ele só precisa de alguns segundos para morrer” Jostein Gaarder.
Como Maya – ilusão – pode ser um título de um livro filosófico ou evolucionista? O autor discute a questão de como a criação e nossa evolução gera tudo que possibilita a extinção num piscar de olhos. O livro conduz um debate mundano em um lugar específico, uma praia no Pacífico em que passa a linha de mudança de data, quase como uma condição pragmática sobre início. Aqui homens discutem sobre a criação, o amor e a vida humana em geral. Um escritor inglês, um evolucionista norueguês e um casal cigano debatem suas experiências de vida, filosoficamente.
Sim, também se discute o calendário maia.
Maya não é o livro mais tranquilo de Gaarder, na verdade foi também o menos constante no decorrer da leitura, mas isso simplesmente porque trata de um assunto diferenciado. A questão de como o mundo vai evoluindo e toda uma discussão biológica caracterizam a temática do livro, pelo menos inicialmente. Com o passar da história, com o passar da conversa entre os personagens, outros vão surgindo e até a Maja Desnuda de Goya (capa) vira referência dentro do enredo.
Mesmo tendo tanto assunto, o livro não é tão confuso quanto parece, serve muito bem como uma aula de biologia evolucionista e criação do universo, quanto uma discussão filosófica já que tempo e espaço garantem um confronto teórico que acrescenta no entendimento físico e comportamental de todos nós. Até um geco (tipo de lagartixa) que dialoga com o biólogo tem sua participação garantida e já no final do livro temos a presença inusitada do Curinga, o personagem que some em O Dia Do Curinga e das as caras aqui, sendo serelepe como sempre.
E SIM, “a Vida é um milagre a celebrar!”.
ResenhasTags: Companhia das Letras, Filosofia, Jostein Gaarder, Romance
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2 Comentários em “Resenha – Maya”

O dia do Curinga também é o meu favorito! Mundo de Sofia e A garota das laranjas logo em seguida.
Eu AMO Jostein, mas achei Maya um pouco maçante para ler, é um pouco cansativo, porém ainda é maravilhoso. Só que não passa o meu favorito que é O dia do curinga <3