em 01/06/18
Rita Queiroz é doutora em Filologia e Língua Portuguesa pela USP e possui diversos textos e poemas inseridos em coletâneas poéticas no Brasil, alguns premiados.
Neste livo, “O canto da borboleta”, Rita nos apresenta uma poesia romântica, transitando pela história da literatura e da mitologia. A poetisa nos apresenta algumas imagens marcantes e metáforas sobre a vida e seu desabrochar. Ou, sobre a lagarta que se torna borboleta.
Borboleta
Sou inteira
Sou metade
Sou parte de mim mesma
Sou ser alado
Livre como um pássaro
Sou volátil
Como a chama que fenece
ao raiar do dia
Sou cor
em tons de azul e lilás
Sou preto e branco
Como Ying e Yang
Em busca do infinito…
Borboleta é o poema que abre o livro. E pra mim ele dá a tônica do perfil dos poemas inseridos neste livro. É uma metáfora bacana desse processo de escrita e libertação da autora, frente à sua história de vida. A passagem do tempo é um outro aspecto permanente nas poesias de Rita.
Estações
Te vejo Sol
Brilho.
Te vejo Chuva
Deságuo.
Te vejo lua
Rodopio.
Te vejo tempo
Polinizo.
Então, é importante ressaltar a métrica e a rima na escrita da Rita Queiroz. A poesia dela é limpa. Cuidadosa com o que ela quer dizer e com a emoção que quer passar. Faz uso de uma linguagem tradicional e temas romanceados. Para mim, este “O Canto da Borboleta” teve momentos bacanas, mas de modo geral não me mobilizou e emocionou tanto.
Ao longo de minha vivência enquanto leitora de poesias, onde aos poucos fui me aproximando mais desta forma de expressão literária, tendo a me emocionar mais com aquelas poesias mais desconexas e, aparentemente, sem forma definida. Numa linguagem mais coloquial, também.
Entretanto, tenho em mim a compreensão que poesia, muito mais do que as outras formas de escrita, para chegar a quem lê, deve emocionar. E o que não me emociona, pode ser exatamente o que vai emocionar você que está lendo esta resenha agora. E emoção passa muito longe de métrica e rimas perfeitas.
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Livro enviado pela editora
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Tags: Penalux, Poesia, Rita Queiroz
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