em 21/11/14
Sabe influência? Pois é! Influência. Isso é o que define a leitura desse livro. Andava pela Bienal do livro em BH (14 à 23 de Novembro), me deparo com alguns livros mega interessantes na stand da Autêntica (+ Gutemberg e Nemo) e vejo muitos deles com preço de apenas 10 reais. Comprei apenas 3, mas devo ir mais outra vez e irei adquiri outros para resenhar aqui “procês”. Mas como ia escrevendo, quando vi esse livro lembrei da nossa camarada Patrícia e do quanto ela ama literatura sobre Guerra, então pensei: “uai, vou aproveitar que nesse mês temos no Desafio do Tigre livros escritos por brazucas e compro um sobre guerra também”. Sim, comprei muito devido a curiosidade de um romance que promete versar sobre a realidade do holocausto e a influencia da nossa camarada aqui.
Comecei a ler o livro com um pensamento e o mesmo foi agradavelmente contemplado de maneira fantástica. No momento em que o vi, pensei na influência e no desafio literário desse mês e me questionei o quanto poderia ser interessante ler sobre dados verossímeis e acontecimentos realísticos adequados em um romance (muito do que está escrito no livro é fato histórico) que tem a pretensão de versar como uma história que escancara horrores e causa aquela sensação de querer mais e mais, instigando a curiosidade e a sensibilidade daqueles que percebem o quanto a humilhação, submissão e terror atingiram o patamar mais alto de tudo que era destrutivo e horrendo na humanidade. Esse pequeno livro consegue e amei tê-lo lido.
Duas histórias bem distintas são contadas, sobre duas famílias que vivem na Polônia. Uma de judeus poloneses e outra de poloneses sem ser judeus. Quando a Alemanha nazista invade a Polônia, a vida de todos os poloneses, independente de ser judeu ou não, são afligidas da pior maneira possível, mas toda uma propaganda contra os judeus e muitos comentários inescrupulosos que culpavam a sociedade judia de ser a responsável pela guerra da Alemanha na Polônia, o povo conseguia odiar mais ainda o vizinho do que o invasor (isso é um ponto extremamente bem trabalhado no livro). Enquanto a família de Mendel Kramer lutava para sobreviver durante os anos de submissão nazista, Anna Kowalski tenta viver em uma sociedade quase desumana após a morte do esposo durante uma batalha que tentava impedir a invasão dos alemães.
O livro começa durante o enterro de Chaim Kramer, filho de Mendel e pai de David, que decide ir para Polônia descobrir tudo o que puder sobre a mulher que traiu seu pai e tudo o mais sobre a história de sua família, mesmo sabendo que o pai desejava que nunca ninguém de sua família fosse para o país onde passou os piores anos de sua vida. Entre idas e vindas do tempo, vamos acompanhando a história de David e de Chaim e entendendo como foi um dos períodos mais sangrentos e desesperadores da humanidade. O enredo é deveras muito bem construído e a trama que invoca momentos do holocausto é otimamente bem costurada com o cotidiano de personagens fictícios.
Resenhas
Tags: Gutemberg, História, Marcio Pitliuk, Romance
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2 Comentários em “Resenha – O Homem Que Venceu Hitler”

Muito obrigado pelo livro. Muito, muito bom.
Muito obrigado pelos elogios.