em 01/04/19
Jordano Souza é natural de São Gotardo – MG , em 1989. Tem sua poesia embasada no cotidiano e neste livro O Parto, faz uso dessa metáfora para expiar a dor da vida. Busca encontrar sua identidade ao mesmo tempo que rememora sua infância.
“Parto e poesia
alegrias que não
excluem
a dor”
Mais uma vez a Editora Penalux me apresenta um poeta, para mim novo, e que me faz ter uma leitura agradável e colocar alguns sorrisos no rosto. Jordano tem uma poesia do dia a dia, seja na cidade ou na roça. É fluida e, na maior parte das vezes, curta. Mas que dizem bastante.
“Primavera
fui
folhas.
Outono,
chão.”
Depois que conheci o autor através deste livro, não canso de acompanhar suas postagens no IG @poesiaorganica, onde expõe suas poesias para o mundo. Algumas de suas poesias remetem à sua infância e trazem memórias afetivas, bem como a dor da saudade e da perda.
“Volto pra roça, ainda tem
coqueiros, tem morro, pouco pasto.
A entrada penetra o ontem,
ainda ontem era muito.
Os bichos não mudaram,
não sei os nomes dos pássaros.
Mas eles cantam, eles cantam.
A água não aumentou, a mina
segue sadia, mas é pouca água.
Uma listra que acompanha o pasto.
Uma listra que escorre em mim.”
Leiam o Jordano e se deixem encartar pela simplicidade de suas palavras coesas.
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O livro foi enviado pela editora
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