em 16/09/14
Não tinha ideia sobre o que escrever, não me vinha à cabeça nenhum livro para resenhar, pensei demais no que deveria ler e o tempo estava passando. Mas nada como uma boa respiração, olhar o que os demais colegas estão resenhando e pensar exatamente na banda que tu mais ama. Não precisei ler nada, não precisei comprar algum livro (o que não significa ser algo bom, livros são sempre bem vindos) e me recordei na hora de um livro que já tinha lido e ficou na memória partes importantes.
Pink Floyd faz parte da minha vida, é a banda que mais idolatro no mundo (mesmo não sendo a que mais escuto), já esteve em vários momentos altos e baixos da minha existência, me ajudou a concretizar minha consciência musical, embalou diversos dias em que meditava sobre o mundo, alguns álbuns são fabulosamente contemplativos, inspiradores e energizantes e estão entre a herança deixada por meu pai.
The Dark Side Of The Moon não é precisamente o álbum que mais gosto, mas possui toda uma atmosfera conceitual, rítmica e mitológica que foi referenciado por décadas e mais décadas. Deixando quase que uma gigantesca revelação sem precedentes (pelo menos comentada nesse livro). Foi quase possível estabelecer que no mundo inteiro, apenas 6 minutos separam a audição do disco. Explicar melhor: No mundo todo, entre todos os habitantes, sempre que alguém escuta o Dark Side, ele é escutado logo depois de 6 minutos, por outra pessoa, seja onde for. Então sempre há alguém ouvindo, sempre há alguém tocando um dos álbuns mais emblemáticos, não só da banda, como também do mundo todo. A história de que há uma relação íntima entre o filme O Mágico De Oz e o disco, é verdadeira e também é noticiado que em cada cinco casas na Inglaterra, tenha o disco. E outro fato também interessante é uma curiosidade de que, enquanto o pessoal do Pink ensaiava no mundialmente conhecido Abbey Road Studios, outra banda gravava, e não era nada menos do que The Beatles.
Com esse livro podemos acompanhar pontos importantes da história da banda e os bastidores da gravação do álbum. O processo de produção, entrevistas exclusivas e também imagens da época pontuam cada capítulo e criam uma obra fundamental para qualquer fã incondicional do Pink Floyd. Conhecemos mais sobre Syd Barret e seu gênio alucinado e o caminho tomado pelos outros integrantes com sua saída e a procura de uma identidade progressista. Com a entrada de David Gilmor e com Roger Waters tomando frente ao grupo, vamos acompanhando um crescimento estrondoso da banda até o nome Pink Floyd atingir públicos absurdamente gigantescos, mas o clima entre Waters e Gilmor vai ficando frágil, com Roger quase monopolizando as composições e separando-os depois de The Final Cut (83), em 85.
O livro é uma viagem pelo universo Pink Floydiano, que encontra o auge no The Dark Side Of The Moon, se concretiza como rock progressivo, com suas músicas e letras psicodélicas e cheias de significados particulares e que consegue se tornar uma das bandas mais conhecidas mundialmente. Vamos entendendo a criação de um dos álbuns mais vendidos de toda a história musical e um pouco mais da formação que contava com Roger Waters, David Gilmor, Richard Wright e Nick Manson e como se deu a saída de Syd Barret, que, para eternidade será conhecido como um dos fundadores, e pedra fundamental, da banda.
Ps.: Escrevendo aqui, dou de cara com a notícia de que o Pink Floyd irá lançar um álbum NOVO depois de 20 anos… Tive uma breve parada cardíaca, mas já estou bem e vamosquevamos.
Resenhas
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2 Comentários em “Resenha – Pink Floyd – The Dark Side Of The Moon”

Uma obra prima com certeza.
Obrigado pelo post.Estou ouvindo o Álbum.