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8 livros de não-ficção para 2021⁣ ⁣ Comente $8 livros de não-ficção para 2021⁣ ⁣ Comentei que, para 2021, quero ler mais fantasia e ficção científica - gêneros que deixei de lado nos últimos anos. Mas se tem um gênero que nunca consigo deixar de ler, é não-ficção. ⁣ ⁣ Gosto demais de ler sobre temas fora da minha realidade, pessoas que nunca conheci, tempos que não voltam mais. Livros que explicam o mundo, porque às vezes é difícil de entendê-lo por conta própria. ⁣ ⁣ Separei esses 8 livros de não-ficção para esse ano - vou colocar algumas linhas sobre cada um, mas como raramente leio sinopses, isso é tudo o que sei sobre as obras: ⁣ ⁣ 📖 Not that bad: Roxane Gay, uma das minhas ensaístas preferidas, organiza esse livro com ensaios sobre a cultura de estupro em que vivemos hoje (acredito que não tenha sido traduzido no Brasil ainda);⁣ 📖 Contra Amazon: Carrión explica como a Amazon trata o mercado livreiro;⁣ 📖 Outras mentes: um livro sobre polvos e consciência absolutamente aleatório mas que despertou minha curiosidade;⁣ 📖 Pompéia: a historiadora Beard recria a cidade devastada pelo Vesúvio; ⁣ 📖 Como as democracias morrem: em um país com uma democracia relativamente fraca, é importante saber identificar os sinais de morte cerebral; ⁣ 📖 Talvez você deva falar com alguém: várias pessoas leram ano passado e falaram super bem do livro. A resenha da @coisasqueleio no Poderoso me convenceu😍;⁣ 📖 A cidade perdida do Deus macaco: a busca por uma cidade descoberta há centenas de anos que ninguém nunca mais foi capaz de achar;⁣ 📖 A grande gripe: a biografia de 2020. 😗 Na verdade, a história da gripe espanhola e como a pandemia afetou o mundo. ⁣ ⁣ Já leram algum desses? Que livro de não-ficção vocês querem ler esse ano? ⁣$

Sombria historia dos nossos dias⁣ ⁣ Gatilho: v

Sombria historia dos nossos dias⁣
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Gatilho: violência sexual⁣
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Aos 32 anos, Vanessa tem um vida que parece pouco estruturada. Um trabalho que não gosta muito, um relacionamento de idas e vindas (e que agora parece ido mesmo) e acabou de perder o pai.
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O que chama sua atenção no começo da historia é que uma moça que estudou no mesmo colégio interno que ela, havia acabado de fazer um post no Facebook detalhando o abuso sexual que sofreu nas mãos do professor de literatura, Strane. ⁣
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Vanessa está inquieta. Ela teve uma relacionamento com Strane. Mas, mesmo com a diferença de idade, ela com 15 anos e ele com 42, foi diferente. Foi consensual. Com ela foi de verdade. Eles se amavam. Ou não?⁣
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A história alterna entre presente e passado - conhecemos a história da Vanessa de 32 anos lidando com sua vida adulta e a jovem de 15 anos no centro das atenções do Professor. ⁣
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Russell faz um bom trabalho em explicar para o leitor a angústia constante que Vanessa carrega e o quanto isso é exacerbado pelo controle que Strane parece ter sobre ela. ⁣
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Agora ela precisa enfrentar a realidade do que ela acreditava ter sido sua primeira história de amor. Aceitar que nada daquilo foi real, é mudar o status de adolescente apaixonada para vítima. ⁣
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A leitura é fluída e, apesar de suas mais de 400 páginas, possível de ler em poucos dias porque o fluxo de consciência, mesmo que às vezes confuso ao simular a confusão da protagonista, para o leitor é claro. O trauma é claro. ⁣
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É muito significativo que Russell tenha invertido a lógica de Lolita e nos dado um livro do ponto de vista da adolescente, não de Straner. Dessa forma, ela trouxe a historia próxima ao nosso tempo, em que movimentos sociais tem escancarado histórias de assédio e abuso em todos os lugares. Não cabe mais uma história contado do ponto de vista do pedófilo. Esta não é uma história de amor. ⁣
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Resenha completa no Poderoso em breve em que falarei também das controvérsias do livro. ⁣
Já leram esse?

Autores que quero conhecer em 2021⁣ ⁣ Já que

Autores que quero conhecer em 2021⁣
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Já que estamos no começo do ano, e as metas já estão rolando, aproveitei para definir alguns autores que quero ler pela primeira vez. Esses são autores que estou acompanhando e ouvindo coisas boas sobre há um tempo e, esse ano, quero tirar a prova real. ⁣
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Tem de tudo: clássico, contemporâneo, ensaístas, historiadores, autores de fantasia e etc. ⁣
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Que autor(es) vc quer conhecer esse ano? ⁣

12 livros para 2021⁣ ⁣ 2020 foi um ano daquele

12 livros para 2021⁣
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2020 foi um ano daqueles mas tive um saldo positivo, pelo menos. Pela primeira vez desde que comecei a fazer esse desafio doido, consegui ler os 12 livros que escolhi para o ano passado (foto 2). ⁣
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Elegi mais 12 para esse ano com aquele otimismo de quem gosta de ler de verdade. Inclusive, já li um da pilha (“A quinta estação” que tem comentários aqui no feed e vai ter resenha completa no Poderoso em breve). ⁣
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Ayelet Gundar-Goshen, Ferrante e Dostô presentes dois anos seguidos porque aqui é meritocracia pura. ⁣
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Vamos que vamos! ⁣
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Já leram algum desses?

Fantasia frenética⁣ ⁣ A quinta estação é o

Fantasia frenética⁣
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A quinta estação é o primeiro volume da trilogia "A terra partida”. A obra chamou a atenção ao vencer o Hugo Award de Melhor livro em 2016, tornando Jemisin a primeira autora negra a receber o prêmio nesta categoria. Os volumes 2 e 3 venceram o mesmo prêmio quando lançados - feito bem impressionante para uma trilogia. ⁣
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No continente Quietude, temos diversas espécies e etnias bem divididas por seus poderes e habilidades e enfrentam, de tempos em tempos, o que chamam de "quinta estação" - uma mudança climática catastrófica. O grupo de humanos mais poderoso é o dos orogenes que são capazes de controlar energia e, com isso, causar ou prevenir terremotos. Usam anéis para marcar seu ranking (10 anéis = mais poderoso). ⁣
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A história acompanha 3 mulheres: Essun, que chega em casa para descobrir que seu marido assassinou seu filho e sumiu com sua filha; Damaya, obrigada a viver em um celeiro quando seus pais percebem que tem poderes e recrutada pelo guardião Schaffa; e Syenite, orogene 4 anéis ordenada para, junto de Alasbater (10 anéis): 1) ter um filho poderoso e 2) ajudar uma cidade a eliminar o coral que entope seu porto. ⁣
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As coisas não parecem promissoras quando há um enorme terremoto indicando que uma quinta estação está para acontecer. Antecipando a extinção, o mundo começa a desmoronar. ⁣
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Há muito o que discutir. Jemisin consegue tratar de assuntos diversos: de escravidão ao papel da mulher, passando por sexualidade. ⁣
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Um ex: a forma de controlar os orogenes não é apenas treinando seus poderes, mas fazendo-os acreditar que esses mesmos poderes o tornam inferiores. Aos guardiões, se reserva o direito de assassinar orogenes quando acharem que representam perigo. Qualquer semelhança com a dinâmica de senhores e escravos negros não é coincidência. ⁣
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O ritmo de leitura é frenético. Ainda que em alguns momentos, as descrições possam soar levemente confusas, li as 560 páginas em 3 dias. Jemisin mostra como a sociedade está exposta e à mercê da Terra e que, talvez, mesmo com "seres poderosos" não será possível evitar a (mais uma) extinção. ⁣
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Resenha completa no Poderoso em breve! ⁣
Já leram esse?

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The Tipping Point

por Gabriel
em 18/03/13

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