em 28/09/13
Vamos para um post um tanto diferente nessa semana de cinema! House of Cards não é um longa, mas sim uma série produzida exclusivamente para o Netflix, serviço que entrega filmes e séries e produções televisivas via internet. A produção recebeu recentemente um Emmy, prêmio máximo da televisão americana, entrando para a história como a primeira série feita para a internet a receber tal honra.
A série gira em torno da política americana, contando a estória de um deputado que perdeu uma disputa interna em seu partido e deixou de ser nomeado o Secretário de Estado dos Estados Unidos. Acompanhamos sua busca por vingança e seus dramas pessoais, sempre temperados pela extrema ganância e habilidade política do protagonista.
E por que tanto barulho a respeito de House of Cards? Além de inovar no modelo, a série é muito bem produzida, com qualidade gráfica, cenas bem filmadas, sequências eletrizantes e finais com aquela habilidade de te fazer querer mais. Em suma, uma ótima representante das melhores séries americanas de drama.
Outro ponto que dá muita força a House of Cards é seu tema, explorado por poucas produções até hoje (ou pelo menos, pouco explorado neste nível de qualidade e sinceridade). Trata-se de uma série sobre política, que exibe claramente o subsolo das negociações que acontecem em um governo federal enorme e poderoso como o dos Estados Unidos. Trocas de favores, ameaças, jogos de poder, lobby e tráfico de influências, combinados a drogas, sexo e violência, temperados pelos ânimos das épocas de eleições… mostram como é mantido em pé o castelo de cartas do poder, que dá nome à série.
Tudo isso já é muito legal, e argumenta fortemente pela série, que faz vibrar os fanáticos por política e entretém com muita habilidade os que consideram mais complexos alguns trechos, usando recursos de direção para explicar algumas passagens sem cair em um didatismo que talvez atrapalhasse o ritmo do roteiro. Mas House of Cards ainda conta com outros trunfos: seus personagens complexos, bem construídos e embebidos, todos, na água suja do sistema no qual estão inseridos. Capitaneados por Kevin Spacey, que brilha com intensidade no papel principal como o deputado Frank Underwood, todos os personagens são complexos e têm passados (ou presentes) obscuros e que mantêm o espectador grudado à tela.
Amante de política ou de boas séries dramáticas, curiosa profissional ou interessada nas novas tendências das séries televisivas, House of Cards é uma boa pedida e vale a espiada, com certeza.
Semana de CinemaTags: David Fincher
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5 Comentários em “Semana de Cinema – House of Cards”
Hahahaha, valeu Paty! Acho que é porque a série é boa, 5 xícaras anima mais pra escrever… hahaha 🙂
OMG. Viciando em uma série em 3…2…1…
Amo Spacey, amo série dramáticas que abordam políticas e o submundo dela. Adorei.
Obrigada pela dica, fofa! ;D
Beijooooos
OMG. Viciando em uma série em 3…2…1…
Amo Spacey, amo série dramáticas que abordam políticas e o submundo dela. Adorei.
Obrigada pela dica, fofa! ;D
Beijooos
Eu adoro!
Adoro séries políticas. No caso de House of Cards os personagens são bem construídos, os atores excelentes e a quebra da quarta parede é brilhante. Adoro quando o protagonista fala com o público.
Beijos,
Carissa
Boa resenha…acho que uma das suas melhores. 😀
Concordo com tudo..a série é com certeza uma das melhores surpresas do Netflix.