em 29/10/14
Domingo depois das eleições do segundo turno, durante uma chuva forte em Bh decidi ir ao cinema, nem sabia o que estava em cartaz e em meio a Drácula, alguns desenhos e uns filmes de terror encontrei “O Juiz”, novo filme do Tony Stark, quer dizer, Robert Downey Junior, mas o cara desde 2008 tá nesse personagem que não tem como passar impune, além disso não fez outros grandes filmes, além de um Sherlock Holmes que lembra o Tony Stark.
Então, na hora que vi essa opção no cinema pensei que fosse um filme mais sério pra tentar mostrar que o Downey é um bom ator, e ai vi que tem outro Robert no filme, o Duval, ator que ocupa alguma posição no meu indefinido Top 5 de melhores atores.
O filme começa com uma chuva de clichês, ameaçando ser uma terrível bomba, mas não é bem assim. A história nos traz o seguinte: um advogado de muito sucesso, Hank Palmer (Robert Downey Jr.) volta à cidade pequena em que cresceu para o velório de sua mãe, que não via há muito tempo, assim como o resto de sua família que restou na cidade, como o pai e os dois irmãos, sendo um deles deficiente mental. É recebido de forma hostil pela família e resolve ficar um pouco mais quando seu pai (Robert Duval), veterano juiz da cidade, é apontado pela polícia como responsável pela morte de um homem que condenou há vinte anos. Mesmo não se entendendo com o pai, Hank debruça-se sobre o caso, mas os dois não conseguem conviver amigavelmente e a possibilidade de condenação aumenta a cada cena.
Agora que a história foi apresentada temos que prestar atenção em algumas coisas, me refiro as atuações do Robert Downey com seu Hank Palmer que tanto me lembra Tony Stark, afinal é um advogado rico, bonito, bem vestido e penteado, bem sucedido, irônico, com uma carta na manga pra toda situação, quase um homem de ferro, assim como seu Sherlock Holmes, Marvin de “Chef” e Peter Highman de “Um parto de viagem”.
Outro problema do filme é o excesso de cálculo e dicas sobre o que vai acontecer, pistas pra amarrar todos os fios soltos dos vários clichês que disse anteriormente, como advogado rico e inescrupuloso que veio do interior e não conversa mais com o pai, um juiz bem sucedido e moralmente impecável, porém ex alcóolatra; advogado bem sucedido que se perde em meio ao trabalho e não tem tempo pra família, perdendo assim seu casamento, levando um chifre da esposa e ganhando a compreensão da filha criança fofa e gênia. Há mais alguns clichês espalhados no filme, como reencontrar seu amor de juventude da cidade do interior,e etc. Enfim, tantas dicas feitas de amarra faz com que o filme perca o ritmo e fique meio forçado e arrastado.
Agora deixa de falar mal e vamos pras coisas boas: a primeira e que me fisgou de cara é o fato de ser um filme de tribunal, um sub-gênero que gosto muito e que estava em falta no mercado. Outro ponto positivo é a fotografia impecável de Janusz Kaminski, também responsável por Lincoln e Cavalo de Guerra.
Por último a melhor coisa do filme ou o melhor ator do filme, Robert Duval, que com 83 anos faz este filme ser memorável. Há algumas cenas entre os dois Robertos que valem o filme, até mesmo cenas só de Duval que são uma aula de atuação e entrega à arte, consegui até esquecer que Robert Downey Junior estava interpretando Robert Downey Junior (também impecável nisso).
Vale aqui ressaltar que o filme é uma produção feita pela Warner, a Big Kid Pictures (que não fez grandes coisas) e a Team Downey, do Robert e sua esposa, Susan Downey.
Além desse detalhe sobre a produção do Roberto Junior no filme, vale lembrar também do diretor, David Dobkin, conhecido por comédias como “Penetras bons de bico”, “Eu queria ter a sua vida” e “Bater ou correr em Londres”, depois desse currículo não tenho muito o que dizer né”!
Mesmo assim dou 4 cafés pro filme, não, pro filme não, pro Robert Duval.
Bom filme a todos!!
Semana de Cinema
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2 Comentários em “Semana De Cinema – O Juiz”
Robertim tava ótimo em Chaplin mesmo, mas meu filme preferido dele é essa comédia romântica aqui: O céu se enganou
Depois de Homem de Ferro, acho que Roberto Junior (hahahahaha) está tendo sérias dificuldades em sair do personagem. A melhor atuação dele que já vi foi em Chaplin. Ele estava absolutamente incrível o filme. 🙂